terça-feira, 12 de maio de 2009

Biólogo português descobriu novas espécies de aranhas

in publico 11.05.2009 - 15h29 Andrea Cunha Freitas

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“(…)Um comunicado divulgado hoje pela Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra apresentava-nos duas novas aranhas para juntar à lista de espécies de todo o mundo. São a Tegenaria barrientosi e a Parapelecopsis conimbricensis e, ainda que existam noutros locais, foram descobertas no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, pelo biólogo Luís Crespo, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), através do IMAR. Mas há mais.
Os primeiros exemplares de Tegenaria barrientosi e a Parapelecopsis conimbricensis foram colhidos no Jardim Botânico de Coimbra mas Luís Crespo encontrou mais noutros locais. A Parapelecopsis conimbricensis que é descrita num artigo que aguarda publicação foi colhida também na Reserva Natural do Paúl de Arzila, por exemplo, e no mesmo trabalho o biólogo apresenta-nos outras seis novas espécies para a Ciência encontradas no norte de Portugal e Espanha, no Parque Natural do Douro Internacional, no Parque Florestal de Monsanto (Lisboa) e noutros locais dispersos do país.
No artigo publicado o mês passado na Zootaxa, Luís Crespo apresenta-nos a Tegenaria barrientosi e ainda a Tegenaria incógnita , que é também uma nova espécie descrita para a Ciência e que foi encontrada no Parque Natural de Monsanto, em Lisboa. O biólogo português tem ainda um artigo em construção sobre quatro novas aranhas para Portugal e uma nova espécie para o mundo, encontradas nas ilhas Selvagens, outro ainda sobre uma nova espécie para Porto Santo (Madeira), outro ainda sobre uma nova espécie para a Ciência no Alentejo...(…)
Sobre os dois casos divulgados hoje no comunicado da Universidade de Coimbra, o biólogo adianta que a Tegenaria barrientosi e a Parapelecopsis conimbricensis são de famílias bem diferentes. (…).A Parapelecopsis conimbricensis mede uns dois a três milímetros de corpo e a Tegenaria barrientosi cerca de sete. Entusiasmado, o especialista conta que para conseguir identificar um nova espécie é preciso uma trabalho rigoroso de análise de uma série de pormenores, a estrutura reprodutora, os olhos, as cores, o tamanho. No caso da Parapelecopsis conimbricensis há uma característica que merece destaque: “Os machos têm uma espécie de elevação na cabeça, que é uma espécie de torre com alguns olhos, onde existem dos sulcos que julgamos que são os locais onde a fêmea se prende quando acasalam”. Os estudos do comportamento virão mais tarde confirmar ou não a teoria, mas Luís Crespo não consegue esconder o ânimo com a descoberta.
(…)”.

 

Este Blog anda a ficar muito selecto, quero cusquices…

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